É preciso um arquiteto.
É preciso aprender a construir cidades dentro de nós,
casas, cabanas.....
Nossa estrutura de vida, de valores,
sentimentos que necessitam de uma fundação.
Limpos, purificados...
pelo arrependimento e perdão que veio de nosso coração!!
Agora é preciso criar uma nova forma de ser.
Depois de tantos trabalhos espirituais de purificação, estamos "vazios" , necessitados de luz! A caminha a seguir, após o Yom Kippur, dia do perdão é a " festa de Sucot" , festa das cabanas (na tradição literal lembra a passagem dos hebreus no deserto e sua vida em cabanas).
Sucot acontece no dia 23 de setembro. Uma festa de 7 dias; mais uma porta que se abre no céu para o nosso crescimento.
Sucot nos traz a experiência de ESPAÇO, a delimitação de nosso espaço, também pudera... nos tornamos tão alma em Yom Kippur,...mas vivemos aqui, no corpo, então, vamos trazer esta alma para o corpo, um novo corpo. Uma nova vida!
A Sucá , palavra em hebraico que sugere plenitude, quando criamos um espaço adequado.
Por trás de sua aparência frágil a sucá (cabana) guarda o mistério da Divina Providência, constantemente presente em nossas vidas. As sucót representam, hoje, as nuvens que escoltaram nossos ancestrais do Egito à Terra Prometida no passado, oferecendo não só proteção e abrigo como todo o sustento (o maná que caía dos céus) de que necessitavam para realizar esta dura jornada. É através dela que podemos, agora entrar em contato com D'us, com a sabedoria. Podemos, assim, receber D'us.
Outro aspecto de Sucót é a colheita. Por se tratar de um momento de fartura e júbilo, existe sempre a possibilidade de alguém se voltar para os valores materiais em detrimento dos espirituais. Por isso, passar 7 dias fora do conforto do lar tem um valor adicional: através desta experiência exercitamos a humildade e a certeza de que a única fonte de riquezas é o Eterno. Repare no aspecto mágico, depois do Yom Kippur, estamos mais abertos, entregues, limpos, prontos para uma jornada.... mas queremos errar de novo?? fazer as mesmas coisas??? Claro que não!!! sucot é uma conexão que fazemos com a Unidade para não repetirmos as mesmas coisas, não nos desviarmos, mas colocarmos de vez a divindade dentro de nós, aprendermos a ter outros valores. Este é o momento tão esperado de COLHEITA, de nossos objetivos, para isto necessitamos estar abertos, com as portas abertas, humildes e não guardados, escondidos em nossas casas.
Uma das características de Sucot é a conexão com 4 diferentes tipos de vegetais, elas lembram as 4 formas, direções, energias, letras do Nome de D´us: Etrog -cidra, Lulav -ramo de palma, Adas -galhos de mirra e Aravot - galhos de salgueiro - estes formam um ramo, na qual é movido para todas as direções espaciais. A vontade, o pensamento, a emoção e a ação = você, segundo a Kabbalah, define-se por estas 4 formas.
Com estes vegetais realizamos movimentos, os movimentos do Lulav representam os desafios da Neshamá na sua caminhada espiritual. É o despertar da Alma para revelar todo o seu potencial aqui no Ser. A experiência do tempo existe para que possamos alcançar o nosso lugar (tempo e espaço = individuo harmonizado = experiência da sucá).
Algumas congregações associam as Quatro Espécies ao homem, com o etrog representando o coração, o lulav representando a espinha dorsal, o hadás representando os olhos e a aravá representando a boca.
O mais comum, contudo, é termos estes itens comparados às quatro categorias de pessoas no mundo: o etrog tem gosto e aroma, representa a pessoa que estuda e cumpre as orientações da Torá; o lulav tem sabor mas não tem aroma, representa a pessoa que estuda a Torá mas não segue suas orientações; o hadás tem aroma mas não tem sabor, representa a pessoa que não estuda a Torá mas possui uma conduta absolutamente correta com relação à vida; a aravá não tem sabor ou aroma, representa a pessoa que não estuda a Torá e leva uma vida de iniqüidades.
Quando as Quatro Espécies são reunidas, abençoadas e balançadas nas quatro direções, estamos convocando toda a humanidade para que se unir no desenvolvimento das qualidades do etrog - a mais nobre das Quatro Espécies.
A festa é de 7 dias, e o costume é fazer as refeições nela, orar e estudar na sucá.
Segundo a kabbalah em cada uma das 7 noite convidamos um dos patriarcas (almas ascendidas) para que habitem junto de nós ( Abraão, Isaak, Jacó, Moises, Aaron, Josué e David). Cada um representa uma sefirá de Chesed a malchuth, cada dia representa uma dimensão em nosso ser que vamos " vestir" .
1) Misericórdia - amor
2) Disciplina, Rigor
3) Beleza, equilíbrio
4) Persistência
5) Humildade
6) Nutrição, vinculo
7) Realeza, luta diária
Na Lua cheia do sétimo mês abrimos as portas da consciência de Biná e recebemos toda a sua luz. Os vegetais são as “antenas” físicas que captam a luz que nosso receptor está apto para receber, pois depois de Rosh Hashana e Yom Kippur a vasilha estando mais limpa pode receber mais luz, segundo o Rabino Berg, nossas klipot ou bloqueios são explodidos pelo toque do shofar , de forma que não exista mais uma cortina entre nós e a força da Luz de Deus – permitindo desta forma que recebamos a força da Luz sem limitações. Na contrução desta "Festa" ligamos o 6 ao
7. O corpo a alma, o fisico ao espiritual, a terra ao céu. Contruimos a Estrela de David (estrela de 6 pontas). No dia 10 a tardinha acendemos velas (18:00 em PoA) para adentrar nestes trabalhos de construção da Merkavá de Zeir Anpin. Orações:
Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher
kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner shel YomTov.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos destes o mandamento de acender as velas neste dia de festa.
Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mêlech haolam,
shehecheyánu vekiyemánu vehiguiánu lizman hazê.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.
Leituras especiais: Porção: Vayicrá 22:26 - 23:44 Haftará do primeiro dia: Zecharyá 14 Haftará do segundo dia: Melachim 8:11-21 Benção da Sucá: Ao ingerir na sucá ao menos 57,6 g de pão ou bolo ou tomar 86 ml de vinho, acrescente a seguinte bênção à bênção do alimento: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu leshev bassucá.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou morar na sucá. Em direção a Jerusalém, segure o lulav (co
m hadassim e aravot) na mão direita (a espinha do lulav deve estar a sua frente) e recite a bênção abaixo. Em seguida, pegue o etrog na mão esquerda, mantendo lulav e etrog bem juntos e agitando-os levemente conforme explicado abaixo: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu al netilat lulav. Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou pegar o lulav.
Benção das 4 espécies: Ao fazer a bênção das "quatro espécies" pela primeira vez, recite a seguinte bênção após a bênção anterior, antes de juntar o etrog com o lulav: Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheyánu vekiyemánu vehiguiánu lizman hazê. Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época. -------------------------------------------------------------------------------- OS MOVIMENTOS DAS QUATRO ESPÉCIES As movimentações são feita
s três vezes em cada direção da seguinte forma: a) para a direita; b) para a esquerda; c) para frente; d) para cima; e) para baixo; f) para trás. A cada movimento realizado, afastam-
se as Quatro Espécies na direção especificada e são trazidas para junto do coração. Seguram-se as plantas com as duas mãos, sendo que o etrog deve ser completamente coberto com a mão esquerda; somente na terceira vez do último movimento o etrog é descoberto, enquanto o movimento é feito num ângulo maior do que nas duas primeiras vezes.
Comments